Tuesday, July 28, 2020

Espionagem

Foi assim que Dickson Yeo acabou se tornando um agente chinês — um espião que usaria o LinkedIn, uma página falsa de uma consultoria e a personalidade de um "pesquisador curioso" para ludibriar seus alvos americanos. Cinco anos depois, em julho de 2020, em um cenário de tensão crescente entre Washington e Pequim, ele se declarou culpado em um tribunal americano e confessou ser um "agente ilegal de uma potência estrangeira". https://epoca.globo.com/mundo/espiao-da-china-recrutava-informantes-americanos-no-linkedin-24552616

Wednesday, July 22, 2020

Quando a internet for Chinesa

set21
urante os últimos 25 anos, Zhao Wei protagonizou várias séries e filmes, lançou alguns discos pop e realizou também longas-metragens. Ganhou um Golden Eagle (o equivalente ao Prémio Emmy) e conquistou, assim, um lugar privilegiado nos corações dos telespetadores chineses. Só na rede social Weibo - o Twitter chinês - Zhao conseguiu juntar mais de 86 milhões de seguidores. Mas, de um momento para o outro, estes feitos passaram a existir apenas na memória daqueles que conheciam a artista: a partir do final de agosto encontrar vestígios digitais de Zhao Wei na China tornou-se praticamente numa missão impossível. https://www.jn.pt/mundo/contra-a-cultura-das-celebridades-a-nova-era-da-censura-chinesa-14169483.html

jan21

Beijing updates internet regulation to include a wide swathe of services, fake news and fraud.A comprehensive update to China’s internet services regulation details the services covered and banned activities. Usage of search engines, instant messaging, online payments and more could violate the law even if conducted from overseas servers.
https://www.scmp.com/tech/policy/article/3117015/beijing-updates-internet-regulation-include-wide-swath-services-fake



Inside China’s controversial mission to reinvent the internet. Huawei is developing the technology for a new network. But what does this mean for the rights of users? https://www.ft.com/content/ba94c2bc-6e27-11ea-9bca-bf503995cd6f

ou20
A Administração do Ciberespaço da China exigiu que os fornecedores de serviços móveis do país acabem com a "publicação de informações negativas que violem os valores" do "socialismo". https://observador.pt/2020/10/27/china-quer-acabar-com-caos-na-internet/

Sunday, July 12, 2020

A estratégia geral

DEz21
UMA IDEIA  de DEMOCRACIA

Em 4 de Dezembro pp., o Conselho de Estado da República Popular da China divulgou um documento intitulado "China: Democracy that Works", o qual vem, aliás, na linha de um outro livro branco publicado em 2005, cujo título foi então "Building a Political Democracy in China". Quando este foi lançado era Hu Jintao o Presidente da China e Secretário-Geral do Partido Comunista Chinês.

O lançamento deste livro branco no início de Dezembro ocorreu como resposta e dias antes da "Summit for Democracy" (Cimeira para a Democracia) promovida por Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos da América.

Trata-se de um documento extenso no qual, logo a abrir, se refere que “a democracia é um valor comum da humanidade e um ideal que sempre foi acarinhado pelo Partido Comunista Chinês e o povo chinês”. Se alguém duvidava tem ali a resposta. E depois continua no mesmo registo, de tal forma que no final qualquer leitor menos crente estará seguramente convertido à “democracia chinesa”.

E de tal modo assim é que sendo o estado chinês definido como uma “ditadura democrática popular”, os autores do documento logo se apressam a esclarecer que aquilo que poderia à partida parecer uma contradição nos seus próprios termos, afinal não o é, porque a “democracia e a ditadura garantem que seja o povo o senhor do país", havendo uma pequena minoria que é “sancionada no interesse da grande maioria”, de tal forma que a “ditadura” (com aspas no texto original) “serve a democracia” (esta sem aspas).

https://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/pensamento-da-semana-13431002




maio21

A China está se transformando no maior “Estado de vigilância” da história, e as democracias precisam contê-la, afirmou nesta terça (4) Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA (2009-2013).

“É tão ‘1984’ [romance distópico do britânico George Orwell que descreve um Estado dominado pelo Grande Irmão]! Milhões de chineses estão sendo constantemente controlados, advertidos, punidos. Está saindo do controle”, afirmou a política americana, fazendo menção ao uso pelo governo chinês de câmeras de vigilância, reconhecimento facial e monitoramento de celulares e dados.

Recentemente, a polícia chinesa também passou a colher amostras de sangue de cerca de 700 milhões de homens e meninos para construir um mapa genético de sua população masculina. O dispositivo será usado como nova ferramenta de controle. Em debate sobre o futuro das democracias liberais promovido pela Chatham House —instituto de análise independente sediado no Reino Unido—, Hillary citou também Rússia e grandes companhias de tecnologia (as chamadas big techs) como ameaças contra as quais líderes democráticos devem combater.

No caso da China, diz ela, é preciso exigir responsabilidade climática, controle de armas e respeito aos direitos humanos. “Sobre Hong Kong, há apenas um silêncio enorme. Os chineses simplesmente romperam o acordo [feito com os britânicos em garantia de direitos civis] e não se ouviu revolta.” Para Hillary, a timidez do Ocidente em relação ao país asiático se deve à dependência econômica, que precisa ser desarticulada, mesmo que à custa de subsídios —para incentivar empresas a retomarem sua produção fora da China.

“Na pandemia, ficamos reféns da misericórdia chinesa. Está claro que temos que reconstruir nossas cadeias de suprimento, e chega de dizer que isso fere a economia de mercado. A China não é uma economia de mercado, é impossível concorrer nesses termos.”

De óculos e cabelos lisos na altura dos ombros, Hillary gesticula como punho direito e fala a microfone De óculos e cabelos lisos na altura dos ombros, Hillary gesticula como punho direito e fala a microfone Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos Estados Unidos - Mandel Ngan - 23.jan.2013/AFP

Se o país asiático é um “Estado de vigilância”, empresas globais de tecnologia formam um “capitalismo de vigilância”, definiu ela, baseado no que chamou de "ecossistema conspiratório movido por algoritmos".

Hillary considera importantes as iniciativas para controlar as big techs —como tributação, normas de concorrência e de acesso a dados—, mas duvida que elas sejam suficientes. “A vigilância é algo tão engrenado no funcionamento dessas companhias que talvez seja necessário mudar suas estruturas, pelo bem da democracia”, disse.

O modelo das redes sociais, que coleta informações sobre os usuários e permite que empresas e entidades as usem para direcionar anúncios —com fins comerciais ou políticos—, está sendo usado por líderes irresponsáveis para aprofundar a desinformação e a polarização e minar sociedades democráticas, afirma Hillary.

O governo da Rússia sob Vladimir Putin é um dos principais manipuladores dessa ferramenta, segundo a ex-secretária de Estado. “Já está clara a interferência em eleições americanas, na campanha do brexit, no apoio a candidaturas em países europeus, mas, apesar disso, continua acontecendo”, disse.

Para Hillary, o sucesso russo em manipular a opinião pública em outros países sem sofrer consequências incentiva outros governos autocráticos e ditaduras, como Irã e Coreia do Norte, a fazer o mesmo.

Além de uma resposta mais dura de governos ocidentais, ela cobrou mais responsabilidade da mídia. “Assuntos graves são facilmente esquecidos, e as mesmas figuras que mentiram nas eleições são entrevistadas agora sem que ninguém questione suas falsidades.”

​Salvar uma democracia que ela considera em crise vai exigir não só o conteúdo certo mas também uma nova forma de se engajar com o público, na opinião de Hillary. “Os jovens de 20 anos cresceram vendo os valores democráticos sendo postos em dúvida, e não é simples falar com eles. Política pública é um assunto chato.”

Para a ex-secretária, uma das saídas pode ser a linguagem de entretenimento. “[O ex-presidente Donald] Trump era basicamente entretenimento e atraía a atenção do público. E continua atraindo até hoje”, disse. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/05/china-implanta-1984-na-pratica-e-ocidente-precisa-impedir-diz-hillary.shtml 


jan21
“A China mente e engana a comunidade internacional há meio século”
https://expresso.pt/internacional/2021-01-14-A-China-mente-e-engana-a-comunidade-internacional-ha-meio-seculo

out20
De acordo com o analista Daniel Ahmad da Niko Partners esta censura no jogo não é uma surpresa, uma vez que os jogos devem eliminar “qualquer coisa que ameace a unidade nacional da China”. “Os jogos desenvolvidos na China têm de obedecer com uma série de conteúdo e regras de censura devido a leis e regulamentos”, aponta Ahmad. https://www.noticiasaominuto.com/tech/1599650/jogo-chines-censura-conversas-com-referencia-a-taiwan-e-hong-kong

jul20
A China é, atualmente o maior mercado digital do mundo. De acordo com a eMarketer, é líder no comércio eletrónico, mcomércio e comércio social Considerando o total das vendas mundiais de comércio eletrónico da Amazon, que estima-se que seja 416,48 mil milhões de dólares este ano, e ao se comparar com os valores da JD.com, estima-se que está transacione quase o mesmo, só na China. O valor bruto da mercadoria (GMV), não é o mesmo que receitas ou lucros, ou seja, a Amazon adquire um valor monetário de uma forma muito mais eficiente do que Alibaba ou JD.com, por exemplo, entanto o volume de transações é inferior. http://www.portugalglobal.pt/PT/PortugalNews/Paginas/NewDetail.aspx?newId=%7B643A4939-3CCD-45E6-A4C6-76C5A3DF85CC%7D&utm_source=pt-news&utm_medium=newsletter
 

jul20
China está a montar um "perigoso jogo" de sedução e de provocação. A China está a montar um perigoso e delicado jogo de sedução e de provocação, envolvendo aliados e adversários, para se afirmar como a grande potência do século XXI, dizem analistas consultados pela Lusa.  Alguns analistas consultados pela Lusa consideram que a China está a tentar aproveitar uma janela de oportunidade provocada pela pandemia de covid-19 e pela instabilidade política a ocidente, para procurar afirmar-se como a grande potência do século XXI, desafiando aliados e adversários numa estratégia de sedução e provocação. https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1527503/china-esta-a-montar-um-perigoso-jogo-de-seducao-e-de-provocacao

Thursday, July 9, 2020

Tik tok

12/9
O governo de Pequim não quer que a ByteDance venda as suas operações nos EUA e prefere que o TikTok seja mesmo encerrado do que perder o controlo sobre a rede social dos vídeos curtos https://visao.sapo.pt/exameinformatica/noticias-ei/mercados/2020-09-12-china-prefere-encerramento-da-tiktok-nos-eua-do-que-a-venda/

5/8

Através do Diário da China, jornal considerado como próximo do Governo, as autoridades de Pequim fizeram saber que não estão dispostas a compactuar com o que apelidam de um “roubo”. E dizem mesmo que a venda imposta por Washington não deixa outra alternativa senão “a submissão ou um combate mortal no reino das tecnologias”. Pelo que se adivinham tempos conturbados para as tecnológicas americanas em solo chinês.

Esta segunda-feira a gigante tecnológica norte-americana avançou que tem intenções de adquirir o Tik Tok depois de Donald Trump ter anunciado que pretende banir a aplicação do país. https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/china-promete-retaliar-se-microsoft-avancar-com-roubo-do-tik-tok-621893


8/7/
A administração Trump -- cujo presidente se referiu recentemente ao novo coronavírus como "Kung Flu", uma expressão vista como racista -- poderá vir a seguir os passos do executivo indiano e proibir aplicações móveis chinesas como o TikTok. Pompeo afirmou em entrevista à Fox News que estão a levar o tema "muito a sério" e "realmente a considerar" proibir esta aplicação de criação e partilha de vídeos de curta duração. Pompeo disse que os Estados Unidos têm estado a trabalhar nos "problemas" da tecnologia chinesa. No que respeita ao TikTok, no final de 2019 as forças armadas proibiram os militares de utilizarem a aplicação. "É vista como uma ciberameaça", disse o porta-voz do exército Robin Ochoa ao Military.com. Se os alarmes soaram antes nas publicações especializadas de tecnologia, o aviso ao nível geopolítico surgiu em janeiro de 2019. "Ignorar o alcance destas aplicações pode revelar-se um erro fatal. A omnipresença das plataformas sociais e a profundidade da informação dos utilizadores que recolhem tornam-nas ferramentas muito poderosas tanto para a espionagem como para a manipulação da opinião pública. O TikTok per se pode nunca expandir o seu alcance além dos adolescentes, mas é apenas uma questão de tempo até que uma aplicação chinesa com maior apelo chegue aos mercados dos EUA e da UE", conclui um texto de Claudia Biancotti publicado pela Peterson Institute for International Economics.

Wednesday, July 8, 2020

Silenciamento de opositores

jan23

China suspendeu ou fechou as contas de mídia social de mais de mil críticos das políticas do governo em relação ao surto de Covid-19, enquanto o país se move para reverter as severas restrições adotadas pela política de tolerância zero contra a doença.

A popular plataforma de mídia social Sina Weibo disse que abordou 12.854 violações, incluindo ataques a especialistas, acadêmicos e trabalhadores médicos, e emitiu proibições temporárias ou permanentes em 1.120 contas.

O governo confiou amplamente na comunidade médica para justificar seus rígidos bloqueios, medidas de quarentena e testes em massa, quase todos abandonados abruptamente no mês passado, levando a um aumento de novos casos que levaram os recursos médicos ao limite. O partido não permite críticas diretas e impõe limites estritos à liberdade de expressão.
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/01/07/china-suspende-contas-em-redes-sociais-de-criticos-as-politicas-contra-covid-19.ghtml



nov21

Zhang, de 38 anos, está em greve de fome, depois de ter sido sentenciada a quatro anos de prisão, no final de 2020, por "causar desordem pública", acusação frequentemente usada na China contra dissidentes políticos. Em fevereiro de 2020, a ex-advogada, de Xangai, foi a Wuhan para reportar a situação vivida naquela cidade de 11 milhões de habitantes, poucos dias depois do início da aplicação de um confinamento rígido. As imagens então divulgadas pela "jornalista cidadã", de pacientes acamados no corredor de um hospital superlotado, deram um raro vislumbre das condições sanitárias naquela cidade. https://www.jn.pt/mundo/jornalista-condenada-por-cobrir-surto-de-covid-19-na-china-esta-a-beira-da-morte-14291488.html nov21 A missão diplomática chinesa em Genebra classificou de "irresponsáveis" e "erróneos" os argumentos apresentados na sexta-feira pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), que exigiu a libertação de Zhang Zhan, de 38 anos.

https://www.noticiasaominuto.com/mundo/1877078/china-pedido-de-libertacao-de-jornalista-cidada-e-irresponsavel

jun21
China persegue e intimida estudantes chineses pró-democracia na Austrália. https://sicnoticias.pt/mundo/2021-06-30-China-persegue-e-intimida-estudantes-chineses-pro-democracia-na-Australia-2223806a


jan21
Após criticar China, fundador do Alibaba não é mais visto em público
https://www.istoedinheiro.com.br/apos-criticar-china-fundador-do-alibaba-nao-e-mais-visto-em-publico/


27/9
Xi Jinping: o que a China faz aos uigures é “correcto” e vai continuar “muito tempo” https://www.publico.pt/2020/09/26/mundo/noticia/xi-jinping-china-faz-uigures-correcto-vai-continuar-tempo-1933012 
7/7

As autoridades chinesas detiveram esta segunda-feira um professor de direito que publicou ensaios a criticar o presidente Xi Jinping pela pandemia de coronavírus e os seus esforços para consolidar o poder, informaram amigos próximos do professor. Xu Zhangrun, um raro crítico aberto do governo na academia altamente censurada da China, foi retirado de sua casa no subúrbio de Pequim por mais de 20 pessoas, disse um dos seus amigos, sob a condição de anonimato. Xu publicou um ensaio, em fevereiro, no qual culpava a cultura de deceção e censura promovida por Xi pela disseminação do coronavírus na China. https://www.dn.pt/mundo/china-prende-professor-que-criticou-xi-jinping-pela-pandemia-de-coronavirus-12390620.html